sexta-feira, março 19, 2010

Nem tudo são ecolimites... Mas tudo não são só muros...

Pois é... o muro nas favelas é realidade irreversível!!

O interessante é a adaptação dos moradores na tentativa de minimizar os impactos sociais causados pela construção dessas "muralhas". A Associação de Moradores da Rocinha, juntamente com a Federação de Favelas do Rio de Janeiro, chegou a um acordo com o Governo do Rio: substituir os muros de 3 metros por "uma combinação de trechos de trilhas ecológicas, com áreas de descanso para as pessoas que se deslocam com dificuldade, pistas para patins e bicicletas e praças com jogos infantis, alternados com trechos de muros de apenas 90 centímetros de altura". Os muros mais altos serão construídos apenas em trechos com risco de deslizamento e foi oferecida a possibilidade de "contratar" guardas florestais da própria comunidade para fiscalizar os ecolimites.

A diretora da SOS Mata Atlântica, Márcia Hirota, aponta também que o desmatamento não vem só das favelas, mas também "condomínios e casas de luxo, hotéis e pousadas". Ela alerta a população urbana da necessidade de proteger a mata. Agora, se o objetivo final é proteger a mata, por que fazer o muro cercando a favela e não toda a extensão de mata atlântica remanescente??

Nesse texto é ressaltado outro motivo para a construção do muro que eu acho que ainda não foi abordado no blog: a criação de um cerco ao tráfico de drogas.

Link: Favela substitui muro por caminhos ecológicos
Fonte: Terramérica - Meio-Ambiente e Desenvolvimento

Bjoo
=**

2 comentários:

  1. Uma dica para o tema de vocês é o livro "Parceiros da exclusão" da Marina Fix, que está disponível na biblioteca da faculdade.

    http://200.133.215.45/cgi-bin/wxis.exe?IsisScript=phl.xis&cipar=phl81.cip&lang=por

    No livro, a autora entrelaça duas histórias, a construção das avenidas Nova Faria Lima e Água Espraiada a arquiteta e assim, a urbanista Mariana Fix desvenda o surgimento de uma nova parcela da capital paulista, onde foram parar seus antigos habitantes desapropriados e o sentido dessas transformações. Ela mostra dois movimentos sociais: um de classe média e outro de moradores de favela , que tentam resistir à abertura das novas vias e acabam engolidos pela pressão incontrolável dos parceiros da exclusão com seus capatazes e tratores.

    Bianka

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  2. O primeiro muro a população da Rocinha conseguiu derrubar, agora é preciso partir para o segundo muro, o do preconceito, que creio que será mas dificil de derrubar.
    Será que a população não ficará com medo de fazer um passeio por essas trilhas ecológicas?

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